sexta-feira, 10 de maio de 2013

Depressão e baixos níveis de Vitamina D



Os baixos níveis de vitamina D já estão associados a uma sucessão de problemas de saúde desde doenças cardiovasculares até doenças neurológicas.
 
A presente pesquisa – publicado na Mayo Clinic Proceedings – ajuda a esclarecer um debate que surgiu depois que estudos menores produziram resultados conflitantes sobre a relação entre a vitamina D e a depressão. O transtorno depressivo maior afeta cerca de um em cada dez adultos nos EUA. 
 
“Nossas descobertas sugerem que a triagem para os níveis de vitamina D nos pacientes deprimidos – e talvez de triagem para depressão nas pessoas com níveis baixos de vitamina D – podem ser úteis. Mas ainda não temos informações suficientes para recomendar sair e tomar suplementos”, disse Sherwood Brown, professor de psiquiatria e autor sênior do estudo, que foi feito em conjunto com o Cooper Institute, em Dallas.
 
Os pesquisadores da UT Southwestern examinaram os resultados de quase 12.600 participantes desde o final de 2006 até o final de 2010. Brown e seus colegas do Cooper Institute descobriram que os níveis mais altos de vitamina D estão associados a um risco significativamente reduzido de depressão atual, particularmente entre as pessoas com histórico prévio de depressão.
 
 
 
Níveis baixos de vitamina D foram associados com sintomas depressivos, particularmente entre aqueles com um histórico de depressão, assim, deve ser importante avaliar os níveis de vitamina D dos pacientes de cuidados primários com um histórico de depressão.
 
Os cientistas ainda não determinaram a relação exata – se o nível baixo de vitamina D contribui para os sintomas de depressão, se a depressão em si contribui para diminuir os níveis de vitamina D, ou quimicamente como isso acontece.
 
Mas a vitamina D pode afetar os neurotransmissores, os marcadores inflamatórios e outros fatores, o que pode ajudar a explicar a relação com a depressão, disse Brown, que lidera o programa de pesquisa psiconeuroendócrina da UT Southwestern.
 
Os níveis de vitamina D agora são comumente testados durante a rotina de exames físicos, e eles já são aceitos como fatores de risco para uma série de outros problemas médicos: doenças auto-imunes; doenças cardíacas e vasculares, doenças infecciosas; osteoporose, obesidade, diabetes, determinados tipos de câncer e distúrbios neurológicos, como o Alzheimer, o mal de Parkinson, a esclerose múltipla, e o declínio cognitivo geral.
 
Os pesquisadores usaram informações coletadas pelo instituto, que tem 40 anos de dados sobre os corredores e outros voluntários em boa forma.
 
A UT Southwestern tem uma parceria com o instituto, uma pesquisa de medicina preventiva e educativa sem fins lucrativos localizada no Cooper Aerobics Center para desenvolver um programa conjunto de pesquisa médico-científica com vista a melhorar a saúde e prevenir uma ampla gama de doenças crônicas.
 
O instituto mantém um dos bancos de dados mais extensos do mundo – conhecido como Cooper Center Longitudinal Study- que inclui informação detalhada de mais de 250 mil visitas à clínica que vêm sendo recolhidas desde que Kenneth Cooper fundou o instituto e a clínica em 1970.

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